
Isso é corroborado não apenas pelas vendas espantosas das HQs que levam seu nome no título e a tiragem mensal na casa do milhão (incluindo as reedições), mas também pelo culto que se formou em torno de seu nome, com direito a um festival em sua homenagem, o Dylan Dog Horror Festival, realizado anualmente na Itália.
O Investigador do Pesadelo, que completa 20 anos de vida editorial, foi criado pelo roteirista Tiziano Sclavi para a Sergio Bonelli Editore à imagem e semelhança do ator Rupert Everett, um galã inglês como Dylan Dog.

No Brasil, apesar dos elogios da crítica e das manifestações de muitos leitores em favor da permanência do título nas bancas, a HQ Dylan Dog não alcançou o sucesso esperado. Depois de estrear no País pela Record em 1991 e durar apenas 11 edições de linha e dois especiais, o gibi voltou em 2001 pela Conrad numa série curta de seis números.
Em 2002, o personagem parecia que, finalmente, consolidaria um merecido sucesso no Brasil, ao retornar às bancas pela Mythos. Entretanto, as duas premiações consecutivas no Troféu HQ Mix, como melhor publicação de terror de 2004 e 2005, além da marca recorde de 40 edições brasileiras, não impediram mais um cancelamento de Dylan Dog.
O ex-policial da Scotland Yard, que se livrou do distintivo e do álcool para investigar casos sobrenaturais por conta e risco próprios, deixou, além de saudades, uma gama de histórias que, a despeito de tantos adjetivos que possam ser a elas conferidos, podem ser traduzidas em uma única palavra: inteligentes.
Porém, os fantasmas, monstros alienígenas, criaturas abissais e até a Morte (ela mesma, em foice e osso) não devem ficar tranqüilos, pois o Investigador do Pesadelo continua "chutando traseiros" na Itália.
E assim permanece viva a esperança de que outras grandes aventuras em preto-e-branco do herói do sobrenatural aportem de novo nas bancas tupiniquins.
Texto Por: Marcus Ramone
Dylan Dog Especial 20 Anos

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